segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Vivenciando diversidade

Estágio do Gaia Education, 29 agosto no sítio Olho d'agua. Dia de sol, céu azul, o que nem sempre é comum onde estamos, na Serra do Mar. Nesse coletivo, alguns refazendo a espiral de ervas, banheiro seco, sistema de tratamento da água cinza da cozinha. Clima descontraído, revendo amigos.

Frutas em cima da mesa, água da fonte, pessoas amassando barro para a taipa da parede do banheiro seco.

Com reúso de materiais, como garrafas, utilizamos recursos que iriam para o lixo. Quanto mais utilizamos algo antes de enviar para o lixo ou mesmo para a reciclagem, melhor, visto que a reciclagem inclui gasto de energia e água. Reúse sempre!


Banho no lago, conversar no sol, com tempo. No viveiro de mudas, cuidamos do plantio de árvores nativas e temperos, fizemos mudas. Praticamos permacultura na vivência social, que é o principal elo para as demais atividades. Ou como diria May East, qual a cola do grupo?
A noite, em círculo, aquecidos depois de um dia de vivência em permacultura e bioconstrução em trabalho cooperativo, nos reunimos no salão da casa verde. Cada um tirou uma carta do tarot zen e, em silencio e sem que os outros vissem, examinamos nossas cartas. Elas foram devolvidas e Léo falou que colocaria uma música para que dançassemos pensando naquela carta. E assim foi, no inicío caminhando lentamente pelo salão, depois acelerando. Ao final da música, foi falado para que, nesta próxima música, a dança fosse feita em duplas, que se encontravam pela afinidade ou similaridade da forma como dançavam. Essa interação poderia ser pelo olhar ou pelo contato físico. As pessoas fluiam pelo salão, encontravam alguem, dançavam e depois continuavam, encontravam outras pessoas e assim continuavam. Na sequencia, outra musica e a brincadeira era encontrar e contactar pessoas que, atraves da dança, eram opostas, contrarias a você, complementares. Mais dança, mais encontros. Outra música, o convite foi para encontrar grupos com pessoas semelhantes na dança. Grupo de uma pessoa é grupo? sim! e o grupo pode mudar? sim, são agrupamentos efêmeros. E a troca de olhares, dança próximo, alguns momentos aqui, ali, diversas pessoas e, de repente, duas pessoas que dançavam como eu. Ajuntei. Mais pessoas chegaram. Dançamos como quem liberta-se e celebra. Mais uma musica, dancem dancem, fluindo... parou! A voz do Léo chamou, a música parou. Vamos formar um círculo, podem se deitar, relaxa. Voltando, quem quiser pode compartilhar sua vivência e contar a carta que tirou. Nos relatos, contamos a carta e alguns momentos, como por exemplo, quem encontramos na dança com alguem semelhante. Teve algo a ver com a carta do outro? E nos diferentes? Experiências... Após várias falas com escuta atenta e quando todos que queriam falar haviam se manifestado, Eymar concluiu dizendo que, naquele ambiente, naquele salão havia ocorrido uma mudança, dentro de cada um algo ocorreu, pelo que cada um havia vivido. Ao sair, era como se passassemos por um portal, levando consigo aquela mudança. Vamos ao bolo com chá e fogueira!

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